“Roads? Where we’re going, we don’t need roads.” seguido de um tema épico de Alan Silvestre, de arrepiar os pêlos do rego. É este o fim do primeiro episódio de Back to The Future, que na realidade é apenas o início de uma aventura Homérica, mais intrincada que filigrama minhota. Se esta não é a mais fantástica trilogia da história do cinema, qual será?
Um dia destes estava a ver uma discussão no Clerks 2 acerca da batalha das trilogias. Como se só houvesse duas no mundo: Star Wars e Lord of the Rings. E em quase todo o submundo geek por esse mundo fora as trilogias respeitadas como “a melhor” acabam por ser apenas essas. Mas na realidade o Regresso ao Futuro foi aquela que mais me fez vibrar, aquela que me apanhou na idade em que era mais impressionável. Os Star Wars originais são grande filmes, mas para falar verdade nunca os apanhei no cinema. Lord Of The Rings, nem me lembro bem dos filmes. Longos e aborrecidos. Nunca vi tanta gente a sair para fumar cigarros como nesses filmes. Não clicou.
Regresso ao Futuro, como era conhecido na altura em que ninguém conhecia títulos originais, foi um filme que me fez pensar, discutir, imaginar novos horizontes que nunca tinha ponderado anteriormente. Fiquei com vontade de andar de skate, com vontade de ter um blusão de penas sem mangas realmente volumoso, não o meu que parecia um colete de salvação vazio. Regresso ao Futuro também me fez ter vontade de tocar guitarra, mais ainda que os Anthrax, os Metallica ou os Iron Maiden.
Ainda hoje é um filme que cria discussões monumentais, questões filosóficas e científicas acerca de viagens no tempo e ainda há que procure provar plot holes, 25 anos depois. Impressionante para um filme dos anos 80. Até a questão do incesto é mais incómoda e obscura hoje em dia do que na altura.
A 2ª e 3ª parte também são grandes filmes. O terceiro com os cowboys não é assim tão fácil de engolir, mas ainda assim bom. Lembro-me que houve um intervalo de 6 0u 9 meses entre eles, e como a segunda parte tinha acabado em cliffhanger, era sá malta a roer as unhas e a olhar para o céu nas aulas de Ciências de Natureza a imaginar que aventuras nos iria trazer o nosso micro herói Marty McFly.